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Mestrado – Engenharia de Software

Diogo Matheus Diogo Matheus Seguir 07/03/2016 · 4 minutos de leitura
Mestrado – Engenharia de Software
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No ano de 2015, dediquei-me integralmente aos estudos, investindo em tecnologias emergentes e aprimorando minhas habilidades em gestão e gerenciamento de projetos. Meu principal objetivo era reduzir o ritmo de produção e refletir sobre os métodos que utilizava para desenvolver projetos de software, além de atualizar meus conhecimentos e obter certificações ao longo do processo.

No final do mesmo ano, após realizar diversos exames de certificação, como o PMP e o ITIL, decidi me candidatar ao processo seletivo do mestrado em Engenharia de Sistemas e Computação (PESC), oferecido pela COPPE/UFRJ. Após passar por diversas etapas, fui aprovado e gostaria de compartilhar um pouco dessa experiência com vocês.

O que me fez optar pelo mestrado?

Meu desejo de fazer mestrado não é recente, desde os tempos de faculdade já tinha curiosidade sobre pós-graduação Scricto Sensu (e.g., mestrado, doutorado). Porém, em primeiro momento optei por entrar no mercado de trabalho. Depois de alguns anos fiz uma pós-graduação Lato Sensu em gestão e gerenciamento de projetos (MBA), onde tive um pouco mais de contato sobre produções científicas para desenvolver uma monografia de qualidade. Nesse momento, percebi que as publicações do blog me ajudaram na parte da escrita, pois facilitou expor minhas ideias, afinal, escrever estava fazendo parte da minha rotina. Dessa forma, depois de entregar minha monografia, no meio de 2014, já sabia que iria buscar o mestrado.

Diferença entre pós-graduação Lato Sensu e Stricto Sensu

No Brasil existe uma divisão entre pós-graduação Lato Senso e Stricto Sensu. Na pós-graduação Lato Sensu o foco é preparar o aluno para o mercado de trabalho, inserir conhecimento especializado. Por outro lado, na pós-graduação Stricto Sensu o objetivo é formar pesquisadores e professores, onde os alunos são treinados para usar métodos corretos, visando pesquisar e validar os resultados obtidos.

Compreendendo os objetivos de cada tipo de pós-graduação, espera-se que na Lato Sensu o foco seja no formato tradicional, visando expandir o conhecimento para determinada área, onde grande parte desse conhecimento será injetado no estudante. Na Stricto Sensu, mesmo que exista disciplinas para cursar, professores e orientador, grande parte do conhecimento adquirido será pelo esforço do próprio estudante, contando com os professores para seguir uma direção correta, nesse tipo de pós-graduação, organização é um fator importante, pois não se trata apenas de estudar uma área, mas sim interpretar fatos e ter condições de defender determinado ponto de vista.

Pré-requisitos para inscrição

Em resumo, para participar do processo seletivo de mestrado do PESC/COPPE/UFRJ é preciso estar graduado ou obter uma declaração de que irá finalizar possíveis disciplinas pendentes antes do início do período letivo do mestrado. Além disso, dentre os documentos obrigatórios, destaca-se o histórico escolar da graduação e pós-graduação, caso você tenha realizado. O coeficiente de rendimento (CR) é considerado na etapa de prova de títulos.

Documentação obrigatória para participar da seleção do PESC/COPPE/UFRJ

O idioma oficial da ciência é o inglês, ou seja, conhecer o idioma é essencial para desenvolver pesquisa acadêmcia. Dessa forma, o PESC/COPPE/UFRJ coloca o conhecimento de inglês como critério de seleção, onde o candidato pode comprovar seu conhecimento por meio de exames TOEFL e similares. Nesse cenário, caso tenha frequentado e concluído, você pode apresentar um certificado de nível intermediário de escola de idiomas. Por fim, para as pessoas autodidatas, você pode realizar o exame TAPI Brasil, oferecido na escola Bobidiomas localizado na cidade universitária (UFRJ).

Processo de seleção do mestrado

O processo de seleção do mestrado na COPPE/UFRJ costuma variar de acordo com o programa de pesquisa e área de concentração. No caso da área de concentração de Engenharia de Software do PESC, este processo é dividido em três etapas: I. Prova Específica; II. Prova de Títulos; e III. Entrevista.

Na prova específica, não existia edital de conteúdo, parece que isso mudou. Porém, na época o ideal era conversar com pessoas que realizaram o exame ou profissionais envolvidos para ter alguma ideia do que esperar. Quando realizei essa prova específica, os principais temas abordados foram modelagem de diagramas (UML), conhecimentos gerais de Engenharia de Software e interpretação de texto (i.e., artigo em inglês, com questões de interpretação do conteúdo).

Na prova de títulos, não existe intervenção do aluno, nessa parte, o objetivo é analisar o histórico escolar, publicações, contribuições acadêmicas, etc. Parece que o processo está se tornando mais transparente, porém, quando eu participei não tinha as regras de pontuação disponíveis para consulta.

Por último, os professores envolvidos entrevistam os candidatos classificados para saber mais sobre eles, suas histórias e experiências, aproveitei essa etapa para apresentar uma proposta de trabalho, voltado para reutilização de software, mesmo não sendo obrigatório.

Próximos passos

Ciente de que entrar no mestrado é apenas o passo inicial, espero aproveitar essa experiência. Para os interessados, uma ótima fonte de informação é o site posgraduando.com, que possui diversos artigos e um guia bem completo de informações sobre pós-graduação, não deixe de conferir o artigo de dicas para ser aceito no processo seletivo, principalmente seus comentários.

Referência(s)